Manifestação no Rio de Janeiro contra mudanças no Código Florestal é sucesso
Entre 10h e 12h30 desta  quinta-feira (28/04), inúmeras pessoas, entre estudantes,  ambientalistas, deputados e representantes de entidades sem fins  lucrativos, se reuniram na escadaria da Alerj para protestar contra as  mudanças no Código Florestal propostas pela bancada ruralista no  Congresso Nacional. Ato foi organizado pela Rede de ONG’s da Mata  Atlântica e teve apoio do SOS Florestas.
  Com apoio do SOS Florestas, a Rede de  ONG’s da Mata Atlântica (RMA) organizou, na manhã desta quinta-feira, o  “Ato em Defesa do Código Florestal”, evento contrário às alterações na  legislação propostas pela bancada ruralista no Congresso Nacional. Entre  10h e 12h30, a escadaria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de  Janeiro (Alerj) recebeu inúmeros representantes da sociedade civil  (deputados, estudantes, universitários, movimentos sociais,  ambientalistas e diferentes instituições) que não concordam com a  posição definida pelo projeto de lei (1876/99) do relator Aldo Rebelo  (deputado do PCdoB/SP).
  Em seu discurso inicial, Maurício Ruiz,  secretário-executivo do ITPA (Instituto Terra de Preservação Ambiental),  uma das entidades responsáveis pela mobilização, elucidou os graves  defeitos do texto que está na pauta de votação da Câmara dos Deputados,  em Brasília, nos dias 3 e 4 de maio. Segundo ele, o documento gerado  dentro da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) foi desenvolvido  para beneficiar apenas o setor do agronegócio.
  “Esta reformulação no Código não atende  aos interesses de ninguém, a não ser o do setor defendido pelos  deputados da bancada em questão. Ela pretende reduzir a vegetação que  corre nas margens dos rios, chamadas de matas ciliares, além de permitir  uso de topos de morros e acabar com a reserva legal em propriedades com  até quatro módulos fiscais, cujos tamanhos mudam de estado para estado.  Além disso, eles desejam anistiar todos os desmatadores históricos,  para que o agronegócio receba garantias jurídicas bem vistas no mercado  externo”, afirmou.
  Além de muitos alunos de faculdades  fluminenses como UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Unirio,  UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) PUC e Cândido Mendes, o  encontro teve a presença de estudantes do ensino médio de colégios como  Pedro II e Escola Parque. Muitas outras organizações marcaram presença,  tal Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), Clube de Engenharia,  CEDAE, SustentArte, Greenpeace e SOS Mata Atlântica.
  O Secretário de Estado do Ambiente,  Carlos Minc, foi o último a discursar no microfone. Durante mais de 15  minutos, falou a respeito dos pequenos produtores, garantiu que o  movimento ambientalista se preocupa diretamente com a agricultura  familiar e afirmou que a presidente Dilma Roussef não vai permitir o fim  das Reservas Legais e os usos extensivos nas Áreas de Preservação  Permanente, como pede Aldo Rebelo e seus pares.
  Além da palavra de representantes de  movimentos religiosos, um dos pontos altos da manifestação aconteceu  quando Marcelo Durão, representante dos movimentos campesinos, iniciou  sua fala. Segundo ele, estes grupos são absolutamente contrários às  mudanças no Código Florestal, o que esvazia o discurso dos ruralistas de  que as propostas visam beneficiar, em primeiro lugar, os pequenos e  médios produtores rurais do Brasil.
  No final do ato, dezenas de machadinhas  de brinquedo foram quebradas para mostrar, simbolicamente, que a  população do estado do Rio de Janeiro é a favor da manutenção da atual  legislação ambiental brasileira. O recado é: o Código pode ser  aperfeiçoado, desde que para restringir ainda mais o avanço sobre os  recursos naturais e com um processo de discussão democrático com toda a  sociedade, algo que não aconteceu no PL 1876/99. O objetivo foi  atingido.
  Instituições que participaram do Ato:
 ITPA (Instituto Terra de Preservação Ambiental)
 Rede de ONGs da Mata Atlântica
 CEDAE
 Colégio Municipal Edilson Vignoli Maris
 Gabinete do Chico Alencar
 WSPA Brasil
 Os Verdes
 Centro de Teatro dos Oprimidos
 Deputada Estadual Aspásia Camargo
 Grupo de Defesa Ecológica
 Asibama
 Gambá
 Gabinete do Vereador Edison da Creatinina
 France Nature Environment
 Regua
 Sustentarte
 Biologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
 PUC
 Instituto Moleque Mateiro de Educação Ambiental
 Greenpeace
 IST
 SOS Mata Atlântica
 Biologia, Pedagogia e Ciências Ambientais da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)
 Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF)
 Instituto Estadual do Ambiente (Inea)
 Secretaria de Estado do Ambiente (SEA)
 Educação Ambiental da Cândido Mendes
 Fundação Parques e Jardins
 CREA-RJ
 UEUB (União Espírita de Umbanda do Brasil)
 Associação dos Engenheiros Agrônomos
 Fórum Nacional dos Engenheiros Agrônomos
 Sindicato dos Engenheiros
 IBIO
 Gabinete do Deputado Estadual Marcelo Freixo
 Central Única dos Trabalhadores (CUT)
 Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
 Via Campesina
 Defensores da Terra
 ICMBIO
 Igreja Católica/Campanha da Fraternidade
 Para mais Informações:
 Felipe Lobo
 21 25700926
 21 94043802
 Skype: felipe.lbarroca
     *As fotos acima foram gentilmente cedidas por César Celeri, da CEDAE.
 
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